Um picadeiro lotado e uma pitada de sorte
- novetresfoco
- Sep 27, 2016
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As cadeiras e bancos estavam todos ocupados. Eram tantas pessoas que tive que passar pela grama (desculpe, grama!). Os olhos curiosos aguardavam o espetáculo “Segura, Mamãe!” começar, enquanto eu me espremia por entre as caixas de som. As crianças se ajeitavam como podiam, enquanto isso, era possível escutar vários “Ai, chega pra lá!”. Uma pequena coxia vermelha com um trevo da sorte colocado no topo estava pronta aguardando seus palhaços. Picadeiro armado, som animado, risadas misturadas; “Cia. da Sorte” no palco!
Os palhaços Trevolino e Dona Lelê entraram fazendo festa. As crianças gritavam de tanto gargalhar. Um verdadeiro alvoroço de felicidade. O espetáculo é conduzido sempre com a participação da plateia. Um dos pequenos escolhidos se chamava Bernardo, e ganhou o papel de mágico, o qual desempenhou muito bem. Com direito às mágicas palavras “abracadabra” e “simsalabim”, o pequeno fazia passos de dança e reverenciava o público. Quem sabe daqui uns anos ele não participa do Encontro, hein?
Em outro momento, Dona Lelê diz que “todo mundo pode ser o quiser, tá? Pode usar a roupa e o cabelo que quiser. Todo mundo precisa se respeitar, entenderam?” - entendemos, sim, senhora! Para completar o espetáculo de alegria e aprendizado, um homem é convidado a subir ao palco, colocar uma peruca de mulher e desfilar na “passarela da liberdade”. A “Cia. da Sorte” nos mostra que o papel do circo vai além da cultura. Ele também pode e quer ajudar a educar e desconstruir os padrões sociais. A apresentação chegou ao fim. Nossos palhaços se despediram, a sorte ficou. Logo após o fatídico “Obrigado! Até breve!”, a chuva resolveu dar as caras.
Cia da Sorte (DF) - "Segura , mamãe!"
25 de setembro de 2016, Praça Gomes Freire, Mariana - MG
Texto: Priscila Santos
Foto: Agliene Melquíades e Lais Stefani
Revisão: Duda Carvalho
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