O eterno ser criança

novetresfoco
Sep 26, 2016
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Foi com “Asa Branca” que eles chegaram, cantando e tocando instrumentos engraçados. Alguns idosos acompanharam a letra de Luiz Gonzaga, outros foram puxados para dançar. A presença do grupo de palhaços Uniclown trouxe festa e carinho ao Lar São Vicente de Paulo, que abriga 67 idosos em Ouro Preto. Os dezoito palhaços fizeram brincadeirinhas e deram atenção particular aos vovôs e vovós.

Os palhaços se aproximavam de cada um dos idosos, conversavam ao pé do ouvido para que nenhuma palavra escapasse ao entendimento. De alguns, receberam afagos e sorrisos. Outros bateram palmas acompanhando canções como a folclórica Alecrim Dourado. A escolha das músicas demonstra o cuidado do Uniclown com seu repertório. Em sua maioria foram escolhidas canções clássicas, dos tempos desses senhores e senhoras.

Para deixar a manhã de sábado ainda mais lúdica, o palhaço Quero-quero organizou um desfile entre as palhaças. Com saias rodadas, calças bufantes, chapeuzinhos e bolsas inusitadas, as beldades fizeram do pátio da ala masculina uma passarela. Aos vovôs coube decidir quem era a mais bonita. Como se fosse palhaçada, nenhuma venceu. Cada vovô escolheu uma palhacinha diferente. De resultado mais democrático, disseram que todas eram vencedoras.

Para fechar a visita, Bolacha, Croché, Periquita, Caturra, Sereno e demais membros da trupe entoaram um clássico da década de 1960, Trem das Onze. Na despedida, beijinhos foram jogados de ambos os lados. Satisfeita, Irmã Aparecida, uma das administradoras do Lar, comentou a um dos artistas: “Já que eles não podem ir mais até o circo, que bom que o circo vem até eles.”