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De geração em geração

  • novetresfoco
  • Sep 24, 2016
  • 2 min read

Irmãos Simões | Foto: Hariane Alves

No século XIX, quando a arte circense ainda era levada de um canto ao outro por carroças, o Circo Irmãos Simões foi fundado. Entre pais, filhos, netos e sobrinhos o encanto do circo se espalhou e continua a gerar no público curiosidade e diversão. Como denomina o espetáculo, o Circo Irmãos Simões retoma as raízes do picadeiro, mantendo na descendência uma herança que dura mais de cem anos e seis gerações. Para Lalado Simões, gostoso mesmo era morar no circo. O malabarista que é da quarta geração preza pela tradição na arte circense e considera que, mesmo com dificuldades, o “circo de família” não irá parar nunca. Nesta breve entrevista, Lalado comenta um pouco sobre memórias do picadeiro e desafios enfrentados em uma família que vive de circo.


Confira a entrevista com o Circo Irmãos Simões:


Como é a relação dessa família com o circo? Como isso começou e conseguiu durar tanto tempo?

O circo começou com nossos tataravós e foi passando de pai para filho, até que chegou na minha família. Minha mãe não era de circo, ela conheceu meu pai quando passou numa cidade perto de Juiz de Fora chamada Mar de Espanha. Eles se casaram quando ela tinha quinze anos e, depois de casada, acompanhou o circo. Na minha família somos 13 filhos, e fomos dando continuidade à tradição, passando para os filhos, eles passando adiante... E assim vai.


Isso de passar a tradição, como começa?

Começa com eles pequenininhos brincando de circo, deixando-os à vontade, experimentando um pouco de tudo. Isso porque o artista circense é muito versátil, ele é ator, trapezista, malabarista, acrobata, palhaço. E a partir do que nos identificamos mais, nos especializamos. Meu filho Luan já brincava de circo quando criança, aprendeu de tudo e gostou da mágica. Hoje ele é o mágico do circo. Já minha sobrinha é da sexta geração, tem 3 aninhos e já faz um número com o pai.


Manter essa tradição tem sido cada vez mais difícil?

O circo hoje, mesmo com muito incentivo e projetos culturais, ainda enfrenta dificuldades em relação ao espaço. A burocracia de montar um circo é muito grande e a falta de espaço também, isso o impede circular mais.


Circo Irmãos Simões (MG) - "Raízes do Picadeiro"

23 de setembro de 2016 - Praça Gomes Freire, Mariana - MG


Entrevista e texto: Mariana Viana

Foto: Hariane Alves

Revisão: Duda Carvalho

 
 
 

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